"Imaginar é de graça."
Como escolheram o nome da banda?
Precisávamos de um nome marcante, que passasse agressividade e remetesse à nossa região, que é de onde tiramos grande influência para nosso trabalho tanto nas letras quanto na parte musical. O fato de ser um nome em português permite uma melhor assimilação pelo público brasileiro. Trata de um fenômeno que nosso povo vivenciou a não muito tempo e é de conhecimento geral, criando uma forte ligação entre o público e as nossas letras que tratam do assunto. Embora não seja o único tema que abordamos.
O que vocês acham do metal em geral?
Um estilo musical novo e em constante mudança e evolução. Fundamentado na música de protesto, autoconfiança, respeito ancestral, reflexão e provocação. Uma espécie de contracultura que os maiores desafiados são os próprios limites e clichês do estilo, além de códigos sociais e enigmas psicológicos individuais.
O que acham da cena do metal nacional?
Após uma longa gestação, finalmente dando as próprias caras. Criando coragem para contribuir e não copiar o que já foi feito. Aceitando o próprio idioma e história. Isso também vale para nós.
Qual o objetivo das musicas?
Comunicação psíquica com quem teve experiências parecidas conosco ao longo da vida, independente da distância. Identificarmo-nos no público e servir de inspiração para viver a quem despende o sagrado tempo em nos escutar.
Como os integrantes se conheceram?
Magno e Rafael se conhecem desde os 6 anos do colégio e o Mek foi descoberto quando tocava bateria num show do Andromeda em 2010, em Vitória de Sto. Antão, no Blizzard of Rock. Adentrando à banda 2 anos depois. Logo após à gravação do ‘Rastros’.
Vocês imaginavam o tamanho e a aceitação que a banda chegaria?
Imaginar é de graça. E continuamos imaginando que não somos nada comparados a artistas que contribuíram para a arte local em diversas partes do mundo. Ainda temos muito que trabalhar e mostrar.
Desde o inicio pensavam em fazer essa união da musica mais regional com o metal?
Existia o Vectrus, banda que deu origem ao Cangaço. Desde 2009, ainda com esse nome e uma proposta mais genérica, naturalmente a parte musical foi desaguando para referências à memória brasileira nordestina. E intuitivamente arriscamos em seguir o coração e ousar juntar os dois estilos musicais que mais nos emocionam numa proposta mais concreta e ‘True’.
O que pretendem em 2014?
Gostar mais ainda do que fazemos. Ensaiar as músicas novas para gravar um novo disco no final do ano. E tocar aonde nos chamarem.
Como foi ser um representante brasileiro no Wacken Open Air?
Mais que um sonho, um intensivo de organização e profissionalismo por parte da estrutura do festival nos deixou como matutos na cidade grande. Uma honra profunda de receber a confiança dos jurados do concurso, pessoas de respaldo e peso na cena e, acima de tudo, certeza de que era o ‘SOM’ que queríamos para nossas vidas.
Agradeço a banda por aceitar a entrevista,mais uma das bandas que realmente dão as caras e aceitam o próprio idioma e a própria historia.
Muito boa a idéia dos caras, de aproveitar a cultura Brasileira, Cangaço e Arandu Arakuaa (mesmo sendo folk, e eu não sendo muito chegado) são as bandas mais promissoras e ORIGINAIS que eu vi nascendo aqui no Brasil ultimamente
ResponderExcluirSim.
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