terça-feira, 29 de abril de 2014

Futhärk

Pensada desde meados de 2012, mas oficializada apenas em outubro de 2013, a banda Futhärk emerge em Guarapuava como sendo a primeira banda de Folk Metal da cidade e região. Sobre o nome da banda, usando as palavras do nosso guitarrista Guilherme, uma possível definição para a Futhark é a de que "(...) não estava, o nome, em um significado particular, específico, encerrado em uma única runa ou em um único deus, mas em todas elas, todos os deuses, no alfabeto rúnico de forma total, dado a nós, simbolicamente por Odin na Yggdrasil, pelo preço de seu olho.Os arquétipos do universo e do curso da vida expressos na roda da Futhark, o alfabeto rúnico, a contemplação do homem com os aspectos da natureza como um todo”.

O som diferenciado, as pinturas corporais (warpaints) e o uso de kilts pelos membros da banda chamam a atenção em quem conhece a Futhärk, além dos instrumentos diferenciados, afinal, não é comum encontrarmos um acordeon, ou mesmo uma flauta, numa banda de metal. A banda carrega em seus covers, composições próprias, e mesmo em seu estilo de vida muitos elementos dos povos nórdicos europeus, e 
atualmente conta com os membros: o vocalista e flautista Plinio “O Eremita” Nogara, o guitarrista base e backing vocal Guilherme “O Viking” Wichinhoski, o guitarrista solo Pedro “O Discreto” Wünsch, no acordeon e nos teclados, João “O Gaudério do Ragnarök” Wünsch, o baixista Gilvan “Varis” Gomes e o baterista Felipe Raul “O Bárbaro” Rachelle.

A banda disponibiliza em sua página no Facebook, além dos materiais musicais, inúmeras informações e curiosidades sobre a cultura nórdica, bem como fotos dos shows, ensaios, vídeos de apresentações, sendo uma página que não se limita a banda, mas possui um caráter informativo, para quem aprecia a cultura dos vikings. A banda, que lançou recentemente seu primeiro single no Guarapuava Rock City IV, no dia 05 de abril de 2014, está sempre pronta para trazer para as terras brasileiras, o bom e velho Folk Metal com raízes européias, e dividir as boas vibrações que é fazer esse som com nossos amigos, familiares e demais músicos de nosso país.

  



segunda-feira, 21 de abril de 2014

(Entrevista) Lamúria Abissal

"Todo fanático é um quadrúpede, não importa o que ele defenda."



Por que lamuria abissal?
Somos o lamento daqueles que nunca viram a luz.
Da vida, ou qualquer que seja.

Como a banda surgiu?

Somos amigos de infância, um dia mandei um depoimento meu pra ele, gravado, pois Pale é muito recluso, éramos amigos e aquele era um desabafo meu pois eu iria me matar. Ele colocou um fundo musical e essa é a intro de nossa demo, escrota e gravada com microfone zoado de pc, nem mixamos o vocal. Achamos o resultado interessante e resolvemos que faríamos o projeto, 10 minutos depois já tínhamos nos encontrado para gravar a segunda música, "Nostalgia Justaposta em Suicídio", um fato interessante é que todas as 3 letras das músicas da demo eram basicamente um poema só meu. Foi parte desse meu acesso suicida, escrevi muito mal pelo meu estado, mas não mudei nada. Acho que deixa o sentimento mais verdadeiro, pois eu sinto que foram sentimentos toscos.(causas infantis), não me orgulho disso, mas eu era novo ...e burro.

O que vocês acham da cena brasileira do DSBM?


Abandonada, quase quimérica. Brasil nunca focou tanto dsbm, post-bm ou algo mais atmosférico, apesar de projetos como Thy Light, Last Days, Begotten/begotten in pain, Celestial Oblivion, Deprephobia e Endless Solitude que canalizam bem essa essência negligenciada. A verdade é que não é de nossa cultura devido a uma questão cultural em geral, nosso país está mais a espreita de pensamentos religiosos e conservadores do que existencialistas e negativistas. Enquanto existem pencas de bandas de raw bm, symphonic e tudo mais tradicional, é difícil ver uma banda "ousando" numa temática mais emotiva. Eu gosto de afirmar que o Brasil é um dos poucos lugares do mundo onde você pode ter uma banda sem temática, literalmente, algumas bandas são tão genéricas e fechadas em suas influências que chegam a ser mecânicas. Eu acho que a cena BR em geral tinha que pensar mais em se renovar e agregar elementos, uma boa ramificação do black metal com outros estilos geralmente fica excelente, por exemplo.(bandas como Alcest, Penseés Nocturnes, Bosse-de-Nage, Deafheaven não podem deixar de serem citadas, Black/Death como Azarath, Behemoth e Infernal War também) É um erro grosseiro pensar que conservar e segregar o "verdadeiro" black metal do resto é uma forma de perpetuar, isso só limita a música a certos parâmetros e ignoram toda a complexidade de um processo de composição, isso é empobrecedor a qualquer cenário musical. A quantidade de bandas não influencia tanto se todas tem a mesma proposta, fechada e monótona. É preciso agregar para crescer e evoluir e eu não falo isso como um abandono do black metal, o black metal jamais morrerá. Meu apelo é para a questão da personalidade das bandas, quer fazer algo verdadeiro? Tenha uma proposta verdadeira, busque fontes, referências, leia coisas sobre sua abordagem até porque ir na wikipedia e olhar a "biografia" de Lavey é muito fácil. As pessoas precisam de mais para serem impactadas, elas precisam de algo para estabelecer feedback, algo que vá no interior delas e faça uma espécie de elo entre você e ela. As músicas que nos marcam são as que nos identificam, são nossos hinos e filosofias de vida, são músicas que nos tocam e tem identidade. Esse é justamente meu ponto, tenham identidade.

Qual o objetivo do que vocês fazem?


Arrastar o máximo de pessoas conosco, para nosso "além abismo". Temos profundo desprezo pela humanidade, sem restrições, pois em nossa racionalidade de nada diferimos dos animais. A inveja, a futilidade, a competição remetem não a essência humana, mas sim a parte da comodidade creditada a ela. Pessoas nutrem pensamentos de ódio de forma vazia, não concebem conceitos cármicos de imparcialidade e isso faz delas tolas, é triste. Nosso objetivo real é literalmente convencer a desistência da vida, marcar as pessoas por seus piores momentos, estar presentes nelas no que as mata, que são elas mesmas. Creio que, "recrudescer a autodepreciação" definiria.

O que vocês acham do Black metal em geral?

Acho que é uma das melhores coisas existentes nesse mundo, por ser decadente. Temos certa paixão por tudo que é funesto, mórbido. Eu em especial amo autores como Lovecraft, Poe e Stephen King, de fato foi até mesmo no black metal que conheci esses autores e outros de meus favoritos. Bandas como o próprio Cradle Of Filth tem uma temática literária absurda, até poetas ingleses como Byron e Blake eu conheci através do black metal. Eu sempre fui atrás de letras, significados, o que representa, e quanto mais eu mergulhava no black metal, mais eu amava. Eu sinto falta dessa atmosfera completa na cena nacional, pelo problema que já citei da falta de identidade de muitas bandas, mas de qualquer forma é sempre sublime. O Black Metal é antes de tudo o que fazem dele, não mais e nem menos, tudo que as pessoas quiserem dele é o que vai se tornar e por isso muitas vezes pode sim ser ruim ou até péssimo. Essencialmente pela perspectiva de ser algo contra os estigmas cristãos, acredito que também deveria ir contra ele filosoficamente. É engraçado ver o que acontece com o black metal no Brasil, pois as pessoas não conseguem separar sua criação conservadora do que o black metal é, é meio engraçado. Já vi muitos posts de condenação a homossexualidade, a bandas "core", defendendo o black metal com uma argumentação de força e opressão, segregação, como se isso não fosse propriamente um comportamento retrógrado e cristão. O mais engraçado é que o homem ou a mulher sendo gays vão contra a própria criação "divina", o que seria algo muito mais black metal que a própria heterossexualidade, mas outra ironia é que eu vi muitos posts contra o Hoest e Niklas Kvarforth, mas nenhuma contra a banda Akercocke, que tem lésbicas em basicamente todos os clipes. Mais discurso coxinha, conservador e cristão querendo ser incorporado ao black metal. É divertido. Quanto a questão da "guerra contra o cristianismo", eu só faço uma pequena analogia; O cristianismo é um ideal, ideais são baseados na própria concepção individual de cada um, a história do cristianismo é óbvia, qualquer um que fez o segundo grau sabe que não cheira bem, por mais conservador que possa ter sido o professor, isso é matéria obrigatória em qualquer colégio. Ideais são idéias, idéias são combatidas com idéias, a força só resulta na resposta do lado oprimido, que depois só leva a confronto e não hegemonia. Quem acha que o black metal se resume a Noruega entre 89 e 96, tudo bem, volta no tempo e dá um jeito de nascer morando lá, do contrário é óbvio que o black metal vai além. Quem necessita tanto de ficar brincando de Varg e Euronymous é porque ou não tem mais pra fazer, ou não tem mais nada no que se basear. E isso é verdade, conheço muita gente que ouve muita banda pelo status da banda, por ser algo desconhecido e sujo, não por realmente levar a qualquer forma de identificação. Uma guerra baseada numa maioria oprimindo uma minoria, não é uma guerra contra o cristianismo, é uma guerra que sempre existiu e que o cristianismo fez parte dela. Adotar esse comportamento opressor não é nada além de se igualar a quem você dita ser inferior, pois você tem exatamente o mesmo pensamento, só defende outra causa. Black metal não é religião, dogma algum pode se aplicar a uma forma de expressão da alma, que é a música além de rótulos. Quem prioriza mais pose e elitismos infantis que música nunca será um artista de verdade, nem sequer irá compreender o que pode ser isso.

Vocês apoiam a cena nacional?

Com toda certeza, independente de qualquer coisa a nossa cena tem e sempre terá bandas com verdadeira identidade. O metal nacional não para de crescer, isso é ótimo. Novas bandas, novas propostas, novas influências, mais música. Lamentamos quanto ao comportamento de algumas pessoas na cena, mas estando em um pais religioso e proselitismo como o nosso já é de se esperar que sempre haja alguém com complexo de messias em toda parte, pregando a salvação da cena por coisas que nada tem a ver com reais ideologias ou música. Todo fanático é um quadrúpede, não importa o que ele defenda.

https://www.facebook.com/lamuriadsbm?fref=photo

Entrevista feita por: Void




Deprephobia - Empty

Eu diria um dos melhores albuns de DSBM do Brasil,frio,tenebroso,com vocais de arrepiar e um instrumental que não tem palavras para definir,o nome do album foi muito bem escolhido junto as musicas e seus nomes,uma produção que diria nem tão boa,mas não ruim.
Longe de ser uma banda famosa como ColdWorld é uma banda nova que promete,
com Mortuos nos instrumentos e Cadavérico no vocal.

Nota do album: 10/10

Nome do album: Empty



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O Cangaço

O Cangaço surgiu em Recife no início de 2010 e atualmente conta com Rafael Cadena – Guitarra/Vocal, Magno Barbosa Lima – Baixo/Vocal e Mek Natividade – Bateria/Percussão.
A arte da banda é criar novas texturas musicais baseadas na Música tradicional brasileira e no Metal moderno, com letras que incitam a reflexão e o senso crítico na juventude atual “… A banda trilha por um caminho que assusta os puristas. A escolha é pela mescla da agressividade com as melodias regionais de baião, forró, maracatu e por aí vai. Com um detalhe: o que influencia os caras é a vertente erudita: Sivuca, Quinteto Violado e o guitarrista Fred Andrade” (Wilfred Gadêlha, Jornal do Commercio).
Em maio de 2010, se destaca como banda vencedora da Seletiva do Wacken Metal Battle Brasil, evento que selecionou uma dentre setenta e cinco bandas inscritas de todo o Brasil para tocar no Metal Battle da Alemanha, que aconteceu dentro do Wacken Open Air 2010 entre os dias 4 e 7 de agosto, maior evento de metal do planeta que contou também como atrações bandas como Iron Maiden, Slayer e Soulfly.
Com isso, o grupo ganhou grande espaço na maior revista especializada em Heavy Metal do Brasil, a RoadieCrew, tendo destaque em três edições da revista.”… o power trio recifense é bom demais mesmo… não se constrangem em colocar elementos regionais em sua música. Só que isso é feito com enorme inteligência e parece que os ritmos típicos do nordeste são parte integrante e indissociável do Thrash/Death que a banda desenvolve. Além disso, algumas passagens chegam até a mostrar uma improvável influência de Jazz, tornando o som da banda único. Some-se isso a letras inteligentes e o interessante trabalho dos dois vocalistas e temos aí uma das mais promissoras bandas surgidas aqui nos últimos tempos” (Antônio Carlos Monteiro, editor da revista).
Em janeiro de 2013 lança seu primeiro álbum, intitulado “Rastros”. Resgatando da memória coletiva o espírito dos antigos guerreiros do sol que povoavam o nordeste brasileiro a uma centena de anos atrás, mostrando à luz da música verdadeira, sincera e densa, quão necessária é a coragem para se viver e assumir responsabilidade por pensamentos, palavras e ações.
A banda possui ainda duas demos (Cangaço e Parabelo – 2010) e um EP (Positivo – 2011) Todos os registros produzidos e lançados de forma independente.
O Cangaço traz a bandeira da evolução humana e prova que barreiras socioeconômicas não são mais do que atrasos neste processo. Pessoas de qualquer parte do mundo têm condições de apresentar propostas artísticas e científicas válidas, independentemente de rótulos culturais.

Nota da banda:10/10

Nome da banda: Cangaço




Downloads:





domingo, 20 de abril de 2014

Ofdrykkja

Fundada em 2012,na suécia a banda Ofdrykkja, tem sido uma das melhores no DSBM e no depressive rock com riffs que realmente são extremamente arrepiantes e obscuros.
No álbum A life Worth Losing, eu diria que a cada musica o álbum se renova, algumas com menos peso e mais misantropia outras com muito peso e mais relaxadas,mas sem duvida o que mais marca nesse álbum são os vocais e os riffs, que eu diria que são únicos, o pico do álbum na minha opinião é a musica 
I skuggan Av Mig Själv
A musica tem um riff agoniante e um vocal tenebroso.
É um álbum de muito boa produção e de muita qualidade e classificaria até a data de hoje, como o melhor álbum de 2014 no DSBM e no depressive rock.

Nota do álbum:10/10

Nome do álbum: A life Worth Losing




Link pra downloads:




                                          

Falls Of Rauros & Panopticon - Split

Falls Of Rauros & Panopticon slipt 12" realizado pela Bindrune Recs.
Lançado esse ano tem 500 cópias até a data de hoje.

Track List:

 Panopticon:
1: Through Mountains I Wander This Evening
2: Can you Loan me a Raven?
3: Gods of Flame
4: One cold night

Falls of Rauros:
1: Unavailing
2: The purity of Isolation




sexta-feira, 18 de abril de 2014

Deprephobia - Internal Chaos

Deprephobia eu diria um nome muito bem escolhido e detalhado.Internal Chaos nome complicado mas muito característico do DSBM.
Pois esses são os nomes de um dos instrumentais mais fodas que já vi no DSBM, mesmo surgindo agora o instrumental ficou extremamente perfeito nesse single.
Sem duvida alguma se esse projeto continuar tem muito futuro...

Nota: 10/10

Nome do single : Internal Chaos

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Deprephobia/230292727169676?fref=ts

Via youtube: https://www.youtube.com/watch?v=aO3MC9ItIRg#t=252

Link pra download :

4shared: http://www.4shared.com/mp3/5bRY2fXwba/Deprephobia_-_Internal_Chaos_S.html

Torrent : http://en.metal-tracker.com/torrents/104959.html